terça-feira, 25 de dezembro de 2007

O “eu” disfarçado pelas práticas antigas

Você acorda feliz, veste seus trajes de guerra e sai na rua como se o mundo lhe pedisse de joelhos para você continuar vivo. Bebe-se uma cachaça para desfrutar da ignorância abstrata dos pensamentos, abordam-se pessoas para elevar egos temporariamente a estados de tensão embriagada; já era tarde quando você se lembrou de seu estado de lucidez e pediu que o tempo deixasse de corroer suas vestes carnais, descobriu que o mendigo era seu amigo por cinco reais de bons conselhos, chorou ao quebrar um vaso de valor sentimental deixado por parentes já putrificados, agora suas lágrimas caem com a chuva para disfarçar suas fraquezas. Desculpe se não posso mais sorrir, mas não tenho um trocado para deixar para os meus netos.
Os usurpadores já começam a intervir na grama verde do jardim e no piquenique do domingo de sol. 
O “eu” disfarçado pelas práticas antigas

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